Os sinais que fazem a diferença
A importância do ensino de libras nas escolas e faculdades
Desde Outubro de 2008, o
Dia Nacional dos Surdos é comemorado no dia 26 de setembro. Após anos de lutas
para a conscientização e sensibilização dos brasileiros para as dificuldades
encontradas no cotidiano de pessoas surdas, como a inserção no mercado de trabalho
e o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a data foi
oficializada através da Lei Federal nº 11.796 e representa uma grande vitória
para os deficientes auditivos do país. O
dia também foi escolhido por representar a inauguração da primeira escola de
surdos no Brasil, atualmente conhecida como Instituto Nacional de Surdos
(Ines).
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(imagem da Internet) |
Algumas das grandes
conquistas dos deficientes auditivos foram a obrigatoriedade do ensino de
libras na graduação dos cursos de Pedagogia e Fonoaudiologia, a partir do decreto 5626, em 2005 e a oficialização da LIBRAS,
que possibilitou uma grande mudança em relação ao acesso à informação.
A Linguagem de Sinais
Há
quem diga que ela foi resultado do encontro de dois surdos, mas ninguém sabe ao
certo qual é a sua origem. O comprovado é que em 1855 um professor surdo,
chamado Huet, chegou ao Brasil e logo depois, fundou o Instituto Nacional de
Surdos, em 1887, facilitando a propagação da “nova” linguagem.
As
Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos para facilitar a
comunicação entre surdos. Elas possuem uma estrutura gramatical própria e o que
a diferencia das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. Muitas
pessoas se perguntam se a linguagem de sinais é universal. A resposta é não, já
que todos os países desenvolvem a sua própria língua e a padroniza dentro do
seu território. O professor Carlos Rodrigues, falou um pouco das diferenças que acontecem ao redor do mundo.
A
partir da aprovação da lei em que se torna obrigatório o ensino de LIBRAS nas
faculdades de Fonoaudiologia e Pedagogia, algumas escolas do ensino fundamental
e médio, também viram a necessidade de se adequar e passaram a ter a língua de
sinais em sua grade de matérias. Renan
Ribeiro, estudante de Comunicação Social, conheceu a Língua Brasileira de
Sinais no ensino fundamental na Escola Municipal Cecília Meireles. Quando Renan
estava acabando o ensino médio a Escola se tornou um pólo de educação do surdo.
Foi a partir daí que o estudante começou a se interessar em aprender a Língua
de Sinais. “Gostei tanto que acabei me tornando interprete de um aluno surdo
por quatro anos e fiz parte do coral de libras da Escola também durante esses
quatro anos”, diz Renan que descobriu que os surdos podem se integrar de uma
forma mais natural se as pessoas se esforçarem, um pouco que seja, para
entender com a língua deles se organiza.
O estudante Renan
acredita que as faculdades deveriam oferecer mais oportunidades para a inserção
da Língua Brasileira de Sinais, pois “profissionais são fundamentais para
tornar a relação entre surdos e ouvintes mais fácil e mais natural”, diz Renan.
Sabrina Tostes é fonoaudióloga e contou como foi aprender um pouco
sobre a linguagem dos sinais durante a graduação.
Ela
também nos falou um pouco sobre o suporte que deve ser dado aos portadores da
deficiência, que aprendem de formas diferentes das outras pessoas.
Sabrina Tostes fala sobre o suporte dado aos deficientes auditivos by Paulo César 52
Além disso Sabrina
explicou que nem todo surdo é mudo, como algumas pessoas pensam, pois eles
podem falar. Ela ainda deu dicas de como as pessoas podem se comunicar com
deficientes auditivos. Você pode conferir o esclarecimento da fonoaudióloga e
suas dicas no áudio abaixo.
Dicas e esclarecimentos da fonoaudióloga Sabrina Tostes by Paulo César 52
por Letícia Moraes, Monique Tostes, Natália Oliveira e Paulo César Rosa
Dicas e esclarecimentos da fonoaudióloga Sabrina Tostes by Paulo César 52
por Letícia Moraes, Monique Tostes, Natália Oliveira e Paulo César Rosa
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