Semana
Nacional do Trânsito defende preservação da vida
Por Gabriella Ribeiro, Izabela Fonseca, Maristela Rosa,
Natália Ferreira e Priscilla Helena
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Assim
como no
Brasil, a situação de Juiz de Fora é bastante alarmante em se
tratando de acidentes de trânsito, que têm crescido a cada ano. Os
índices de ocorrências na cidade são muito elevados: de acordo com
dados da Secretaria de Saúde, somente este ano, em pelo menos 1.212
acidentes de trânsito, 33 pessoas morreram. O último registro
ocorreu no dia 18 de setembro, quando um idoso de 66 anos ficou
gravemente ferido após ser atropelado no bairro Milho Branco.
No
intuito de amenizar
essa realidade, algumas autoescolas do município têm implementado
medidas de prevenção e conscientização nos alunos. O instrutor de
direção Ronald Torres fala sobre formação e educação durante as
aulas: “o que falta ao motorista no país é uma formação cidadã.
Eu sempre trabalho com os meus alunos a questão de se colocar no
lugar do outro, não só como condutor, mas também como pedestre. É
importante que o pedestre também seja educado; ninguém ensina, por
exemplo, como atravessar a rua e essas coisas são importantes. Tudo
isso faz parte das lições de direção defensiva, que é primordial
para formar um bom motorista”
Proprietário
e instrutor de outra autoescola da cidade,
Devanir do Nascimento acredita que a imprudência e o desrespeito
pelas normas de trânsito sejam grandes responsáveis por tantos
acidentes: “em uma cidade que possui mais 226 mil veículos, entre
carros e motos, é preciso tomar muito cuidado. Eu costumo, desde as
primeiras aulas de direção, levar os meus alunos a lugares onde é
preciso respeitar a sinalização, pois é preciso incorporar as
regras no cotidiano deles, senão eles ficam despreparados pro que
vão enfrentar depois de tirar a carteira de habilitação. Além
disso, quando vemos infrações e desrespeito de outros motoristas,
posso ensinar aos meus alunos o que não deve ser feito. Isso faz
parte da educação para o trânsito”.
que
está apagada. (Foto: Gabriella Ribeiro).
De acordo com a estudante Luciana Rodrigues, aluna de uma autoescola local, os motoristas habilitados não respeitam a condição do aprendiz: “eu já fui cortada por ônibus e carros em lugares proibidos, dirigidos por pessoas que não têm paciência e correm o risco de causar um acidente”. Para Luciana, ainda existem, também, muitas lacunas no ensino de direção: Sonora Luciana by izabelafonseca11
O
publicitário Kleiton Rodrigues já fez quatro exames de direção de
moto, sem sucesso. Ele fala sobre a dificuldade de passar no exame:
Sonora Kleiton by izabelafonseca11
Veja
uma aula de primeiros socorros do professor Ronalt César:
O
processo para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
exige que o candidato assista a 45 aulas teóricas e 20 práticas,
tendo passado, anteriormente, pelo exame psicotécnico. A psicóloga
Gabriela Fioravante explica que o teste psicológico tem o intuito de
diagnosticar a personalidade do candidato, de forma a evitar a
formação de condutores com transtornos de comportamento: “nós
aplicamos uma média de até 30 psicotécnicos por dia e, desse
total, sempre reprovamos quatro ou cinco pessoas, que apresentam
perfis inadequados para o trânsito”. De acordo com Gabriela, a
reprovação em qualquer um dos exames, seja no psicológico, de
legislação ou de direção, causa no candidato uma insegurança que
pode vir a prejudicar o seu desempenho como motorista, de modo a ser
necessário, por parte dos centros de formação de condutores, o
investimento em políticas de conscientização e educação no
trânsito.
As
autoescolas têm equipado suas salas com materiais ilustrativos
sobre
as
normas de trânsito. (Foto:
Gabriella Ribeiro).
Confira aqui os Centros de Formação de Condutores credenciados pelo Detran-MG em Juiz de Fora.
Entenda
a Semana
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