por Guilherme Miscula, Marianna Brück, Nayara Neves e Vítor Bara.
Abusos de direção dentro do Campus da
Universidade Federal de Juiz de Fora já viraram práticas comuns. Isso acontece
porque o Campus é o caminho mais rápido entre a zona Sul de Juiz de Fora e a
Cidade Alta, sendo a escolha de muitos motoristas, o que causa engarrafamento e
diversos outros problemas de tráfego. Buscando minimizar os riscos e a
possibilidade de acidentes, a UFJF tem realizado diversas ações que têm como
objetivo a conscientização dos condutores.
Paralelamente à Semana Nacional do Trânsito, cujo tema desse ano é “Não
exceda a velocidade. Preserve a vida”, foi realizada no último final de
semana a primeira edição do JF Games. O evento reuniu três esportes que têm em comum a
integração com o ambiente urbano, dois dos quais podem ser considerados meios
de transporte alternativos: skate, mountain bike e slackline. Segundo dados da
segurança do campus, mais de 20 mil pessoas estiveram presentes no sábado e no
domingo.
A iniciativa vai ao encontro de diversas campanhas que vêm
sendo realizadas pela Universidade. Uma delas, a “Reduza”, que aconteceu no
final do ano passado, visava promover uma discussão sobre a educação do
trânsito dentro do anel viário. Essa ação especifica contou com a
distribuição de folders informativos e adesivos para a comunidade acadêmica e
para pessoas que transitavam pelo local.
Ainda assim, é normal ver abusos de direção e trânsito
caótico na Universidade. "Principalmente nos horários de entrada e saída
de cursos, o Campus fica muito engarrafado. O pior horário é entre seis e sete
da noite, período no qual além de estudantes, moradores da Cidade Alta usam a
UFJF para voltar do trabalho", explica Airton Costa, vigia do
Campus, que conta também que os motoristas estão cada vez mais
impacientes e agressivos e que já presenciou inclusive vários casos de agressão
verbal entre condutores.
Para Cristina Curzio, moradora do
bairro São Pedro e motorista, pegar o caminho da UFJF para voltar pra casa tem
sido uma experiência estressante. "Volto do trabalho em horário de pico e
me irrito com o trânsito no Campus. O que era pra ser um atalho, facilitador da
vida, acaba me deixando estressada. Muitas vezes a fila de carros para sair
para o São Pedro ultrapassa a subida para a faculdade de Odontologia.
Demoramos 40, 50 minutos pra chegar à portaria, e, quando chegamos,
"espertalhões" que passaram pela pista da esquerda vêm jogando o
carro pra cima para furar fila. Fico indignada.". Quando questionada sobre
a responsabilidade da instituição pelo caos do trânsito, Cristina disse que
"não é tanto culpa da Universidade, e sim da falta de educação e gentileza
das pessoas. Se fiscalizassem melhor ou colocassem cones impedindo os
motoristas de "furar fila", como fizeram há algum tempo, poderiam
conscientizar melhor os condutores.".
O excesso de
velocidade também é um problema freqüente no anel viário. Ao contrário dos
40km/h máximos permitidos, alguns motoristas chegam a ultrapassar os 80km/h, principalmente na
parte da noite. Os vários quebra-molas no percurso parecem não intimidá-los.
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