quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dia Nacional dos Surdos


Os sinais que fazem a diferença

A importância do ensino de libras nas escolas e faculdades


    Desde Outubro de 2008, o Dia Nacional dos Surdos é comemorado no dia 26 de setembro. Após anos de lutas para a conscientização e sensibilização dos brasileiros para as dificuldades encontradas no cotidiano de pessoas surdas, como a inserção no mercado de trabalho e o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a data foi oficializada através da Lei Federal nº 11.796 e representa uma grande vitória para os deficientes auditivos do país.  O dia também foi escolhido por representar a inauguração da primeira escola de surdos no Brasil, atualmente conhecida como Instituto Nacional de Surdos (Ines). 
(imagem da Internet)

 Algumas das grandes conquistas dos deficientes auditivos foram a obrigatoriedade do ensino de libras na graduação dos cursos de Pedagogia e Fonoaudiologia, a partir do decreto 5626, em 2005 e a oficialização da LIBRAS, que possibilitou uma grande mudança em relação ao acesso à informação.   


A Linguagem de Sinais



     Há quem diga que ela foi resultado do encontro de dois surdos, mas ninguém sabe ao certo qual é a sua origem. O comprovado é que em 1855 um professor surdo, chamado Huet, chegou ao Brasil e logo depois, fundou o Instituto Nacional de Surdos, em 1887, facilitando a propagação da “nova” linguagem.

     As Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos para facilitar a comunicação entre surdos. Elas possuem uma estrutura gramatical própria e o que a diferencia das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. Muitas pessoas se perguntam se a linguagem de sinais é universal. A resposta é não, já que todos os países desenvolvem a sua própria língua e a padroniza dentro do seu território. O professor Carlos Rodrigues, falou um pouco das diferenças que acontecem ao redor do mundo.



     A partir da aprovação da lei em que se torna obrigatório o ensino de LIBRAS nas faculdades de Fonoaudiologia e Pedagogia, algumas escolas do ensino fundamental e médio, também viram a necessidade de se adequar e passaram a ter a língua de sinais em sua grade de matérias.  Renan Ribeiro, estudante de Comunicação Social, conheceu a Língua Brasileira de Sinais no ensino fundamental na Escola Municipal Cecília Meireles. Quando Renan estava acabando o ensino médio a Escola se tornou um pólo de educação do surdo. Foi a partir daí que o estudante começou a se interessar em aprender a Língua de Sinais. “Gostei tanto que acabei me tornando interprete de um aluno surdo por quatro anos e fiz parte do coral de libras da Escola também durante esses quatro anos”, diz Renan que descobriu que os surdos podem se integrar de uma forma mais natural se as pessoas se esforçarem, um pouco que seja, para entender com a língua deles se organiza.

     O estudante Renan acredita que as faculdades deveriam oferecer mais oportunidades para a inserção da Língua Brasileira de Sinais, pois “profissionais são fundamentais para tornar a relação entre surdos e ouvintes mais fácil e mais natural”, diz Renan. Sabrina Tostes é fonoaudióloga e contou como foi aprender um pouco sobre a linguagem dos sinais durante a graduação. 
 Ela também nos falou um pouco sobre o suporte que deve ser dado aos portadores da deficiência, que aprendem de formas diferentes das outras pessoas. 

Sabrina Tostes fala sobre o suporte dado aos deficientes auditivos by Paulo César 52

Além disso Sabrina explicou que nem todo surdo é mudo, como algumas pessoas pensam, pois eles podem falar. Ela ainda deu dicas de como as pessoas podem se comunicar com deficientes auditivos. Você pode conferir o esclarecimento da fonoaudióloga e suas dicas no áudio abaixo. 
Dicas e esclarecimentos da fonoaudióloga Sabrina Tostes by Paulo César 52

por Letícia Moraes, Monique Tostes, Natália Oliveira e Paulo César Rosa 

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