Mudança no exame de direção completa 3 meses
(Por Audrey Morais, Luciana Rodrigues
Marcela Cavalari e Pedro Henrique Landim)
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De acordo com o examinador Leonardo Lesse, no início havia um certo estranhamento dos candidatos quanto a essa mudança. Ele também comenta qual é a impressão atual dos alunos:
O examinador aproveita para ressaltar a importância da presença dos dois avaliadores no momento do exame.
Leonardo também esclarece o que acontece caso os examinadores discordem quanto a aprovação ou não do candidato - uma dúvida comum para quem ainda não prestou o primeiro exame de direção.
- Sempre é um consenso entre os dois examinadores. Não tem uma hierarquia dentro do veículo.
No mês de junho - um mês antes da mudança - dos 2680 exames realizados na cidade na categoria B (carro), houve 2189 reprovações (média de 81,67% de reprovação). Já em setembro, dos 3327 exames para a mesma categoria, 2850 candidatos foram reprovados (média de 85% de reprovação). Confira na tabela a seguir o índice de aprovação desde junho (antes da mudança) até setembro (último mês com dados disponíveis).
Junho
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Julho
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Agosto
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Setembro
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Aprovados
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491 (18,33%)
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620 (20,05%)
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500 (15,06%)
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477 (14,33%)
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Reprovados
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2189 (81,67%)
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2471 (79,95%)
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2818 (84,94%)
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2850 (85,67%)
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Total
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2680
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3091
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3318
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3327
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Fonte: Polícia Civil de Juiz de Fora.
Despreparo dos candidatos
De acordo com dados da Polícia Civil, no mês de setembro apenas 21,59% (103) dos aprovados no exame na categoria B estavam realizando seu primeiro exame. Confira na tabela a seguir os dados dos meses de julho, agosto e setembro:
Julho
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Agosto
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Setembro
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155 (25% dos aprovados)
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129 (25,8% dos aprovados)
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103 (21,59% dos aprovados)
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Atualmente, o candidato é obrigado a fazer no mínimo 20 horas/aula de prática de direção para poder prestar o exame. O examinador Leonardo Lesse ressalta como fazer apenas a carga mínima pode prejudicar o aluno no processo de obtenção da CNH.
Thales Rodrigues, estudante, 21 anos, conseguiu a sua CNH na primeira tentativa. Além das 20 aulas obrigatórias, também fez mais outras 10, para que tivesse maior preparo. Ele ressalta que o controle do nervosismo ajudou bastante para que conseguisse fazer um bom exame:
- Eu estava tranquilo, mas tinha receio pelo fato de que em Juiz de Fora a maioria das pessoas passam somente no quinto exame. Mas eu estava confiante. Meu instrutor dizia que eu era um bom candidato a passar de primeira e como fiz as 20 aulas obrigatórias e mais 10 aulas extras já possuía certo domínio do carro.
O instrutor de auto escola Fred Faria acredita que aumentar o número de aulas obrigatórias pode ajudar a diminuir o número de reprovações, mas que não é o único fator.
Leonardo aponta quais são os erros mais comuns realizados pelos candidatos no momento do exame:
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