Tupi é rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro
Galo Carijó perdeu, em casa, no último sábado, e não tem mais chances de sair da zona do rebaixamento
[Por Audrey Morais, Luciana Rodrigues,
Marcela Cavalari e Pedro Henrique
Landim]
O Tupi está matematicamente rebaixado para a Série D do Campeonato
Brasileiro. O time perdeu para o Oeste de Itápolis, neste último sábado,
por 1 a 0, no Estádio Municipal, e acabou com as chances de se livrar
da zona do rebaixamento. Com apenas 14 dos 51 pontos já disputados, o
Galo Carijó precisava vencer Oeste e Chapecoense, e ainda torcer por uma
improvável combinação de resultados, para se manter na Série C do
Brasileirão.
A
derrota para o Oeste foi a terceira do Tupi, jogando dentro de casa. Ao
longo de todo o campeonato, o time jogou nove vezes em Juiz de Fora:
venceu três partidas (contra Brasiliense, Chapecoense e Madureira),
empatou três (contra Caxias, Santo André e Vila Nova) e perdeu três
(contra Oeste, Macaé e Duque de Caxias). Com isso, a equipe encerra sua
participação na Série C do Campeonato Brasileiro com um aproveitamento
de 57%, nas partidas disputadas no Estádio Municipal Radialista Mário
Helênio.
Técnico Antônio Carlos Roy explica a situação do time
Um ano de contradições
Vindo da
inédita conquista do Campeonato Brasileiro Série D no ano passado (a
maior dos cem anos de história do clube), e de uma boa participação no
Campeonato Mineiro deste ano, no qual o time conquistou o simbólico
título de campeão do interior, o Tupi buscava se afirmar na Série C do
Brasileirão. Não foi o que aconteceu.
Para o meia Leo Salino,
um dos principais nomes do time nesta temporada, a falta de reforços foi
o fator preponderante, para o fracasso da equipe no Campeonato
Brasileiro.
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Meia Léo Salino critica diretoria Carijó |
- Eu acho que o time que foi campeão ano passado era
um excelente time. Assim como nós começamos mal o Mineiro, mas depois
nos recuperamos. Era um time muito bom. Mas, logo depois que acabou o
campeonato mineiro, faltou, por parte da diretoria, a chegada de
reforços. Os novos jogadores chegaram apenas no meio do campeonato, o
que nos atrapalhou muito. Acho que isso fez a diferença.
- Acredito que o time é um time inexperiente em
competições nacionais. Talvez este possa ser um ponto que pesou bastante
na hora de continuar em uma competição grande e de pontos corridos.
Penso que também possa haver alguma coisa nos bastidores que a gente não
sabe. Uma coisa que o pessoal que está lá dentro pode responder melhor
do que o pessoal que está aqui de fora.
Confira aqui a entrevista completa com o torcedor Vítor Carneiro
Arquibancadas vazias
Além do desempenho apenas regular da equipe dentro de casa, outro fator
que chamou a atenção nos jogos do Tupi no Estádio Municipal foi o baixo
número de torcedores nas partidas. Para se ter uma ideia, o Santa Cruz -
PE, que também disputa a Série D e sedia seus jogos no Estádio do
Arruda, em Recife, leva, em média, 24.347 pessoas a seus jogos.
Atualmente, esta é a segunda maior média de público entre todas as
séries do Campeonato Brasileiro, perdendo apenas para o Corinthians, que
leva 25.228 ao estádio, quando joga em casa.
Já o Carijó, quando joga em seus domínios, atrai cerca de 1.125 torcedores por jogo: a oitava
pior média de público, dentre os vinte clubes que disputam o Campeonato
Brasileiro da série D, em 2012. A pior média de público do campeonato é a
do Santo André - SP: 57 torcedores por jogo.
Goleiro Rodrigo fala da falta de incentivo ao time
Bola pra frente
Mesmo
rebaixado, o Tupi ainda precisa cumprir seu último compromisso na Série
D. A partida está marcada para este sábado, dia 27, contra a
Chapecoense, às 16 horas, no Estádio Índio Condá, em Chapecó - SC.
Porém, mesmo que vença os catarinenses, o que seria a primeira vitória
da equipe fora de casa, o Carijó encerrará a competição como o último
colocado do Grupo B.
Segundo o vice-presidente de futebol do
clube, Clóvis Santos, o momento agora é de analisar os pontos positivos e
negativos da equipe, para depois começar o planejamento para a próxima
temporada.
- Vamos, primeiro, ajeitar a casa. Sentar com o Roy,
saber da avaliação dele de todo esse período e expor a nossa também. Na
minha visão, as cinco primeiras rodadas (nas quais o Tupi não conseguiu
uma vitória sequer) colocaram uma pressão muito grande sobre os
jogadores e toda a partida a partir daí se tornou uma decisão. Ainda
ficamos limitados pelas questões financeiras e acabamos da maneira que
foi.
Com relação ao elenco, apenas o atacante Ademílson, que
está lesionado, e só volta a atuar no ano que vem, possui contrato até
dezembro de 2013. O restante dos contratos, ou já foram encerrados, como
no caso do meia Michel Cury, ou se encerram no dia 31 de outubro. Há
apenas quatro jogadores compromissados com o clube até maio do próximo
ano: o zagueiro Wesley Ladeira, o volante Assis, o meia Henrique e o
atacante Allan.
Comissão técnica já planeja próxima temporada |
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