sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Acessibilidade Urbana é pauta em Juiz de Fora e na UFJF

Projetos de implementação de melhorias e adaptações no transporte público e em espaços urbanos envolvem iniciativas governamentais e conscientização da população

Recentemente, a ASTRANSP anunciou a aquisição de mais nove ônibus adaptados que passam a circular na cidade. Com esse número, mais de 90% das linhas de ônibus urbanos estão com pelo menos um veículo com acesso e espaço para portadores de necessidades especiais. Algumas empresas, como a Tusmil, que circula no São Mateus, Centro, Cascatinha e São Pedro, têm ônibus adaptados em todas as suas linhas. Outras empresas ficam com índices entre 92 e 97%. Com relação à frota de ônibus, o percentual de veículos adaptados é de 60%: 359 dos 585 ônibus que atendem à população de Juiz de Fora são adaptados. O objetivo é que se chegue a 100%, ainda sem prazo definido.

A estudante Leticia Fracetti, 20, é usuária do transporte público adaptado de Juiz de Fora há mais de dois anos. Ela falou sobre suas dificuldades e necessidades, especialmente ao lidar com os ônibus internos da UFJF: “Todos esses ônibus deveriam ser adaptados! Se fosse assim quem precisasse de elevador não precisaria esperar especificamente o adaptado e ninguém ficaria limitado a nada. Sem contar que se o adaptado passa muito cheio nem dá pra pegar. Esse é um grande problema na acessibilidade da universidade.”

Confira mais informações na entrevista, em audio.


Como afirma Leticia, apenas a acessibilidade no transporte público  não é suficiente. De acordo com a Norma Brasileira de Acessibilidade, desenvolvida pela ABNT, Acessibilidade é “possibilidade de condição e alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”.

Por causa deste documento, e também do Estatuto do Portador de Deficiência, aprovado em 2000, o Brasil é considerado um dos países mais acessíveis do mundo. Isto é, pelo menos no papel. Entende-se por espaço urbano adaptado não apenas o que não cause dificuldades para a locomoção e localização de portadores de necessidades especiais, mas também que as facilite e tornem o mais aprazíveis possível. E as iniciativas na área continuam sendo muito mais teóricas do que práticas. Portais como o Acessibilidade, o DaSilva e o Acessibilidade Brasil são boas fontes de informação para quem quer tornar o seu meio mais acessível (empresas, sites...), mas ainda são uma ação muito restrita. É o que explica a Assistente Social do Instituto Bruno, Gabriela Lauau.






Publicado por David de Azevedo, Jéssica Ribeiro, Ana Claudia Ferreira, Nathalia Bustamante e Paula Bonfatti

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