sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Entrevista

Entrevista com Cleonaldo Raimundo da Silva
Cleonaldo na Câmara Municipal de Patos de Minas
O estudioso político Cleonaldo Raimundo da Silva, natural de Patos de Minas, já foi Presidente da UEP – União dos Estudantes Patenses, por dois mandatos; Vereador da Câmara Municipal de Patos de Minas, dois mandatos; e Chefe de Divisão da Prefeitura Municipal de Patos de Minas na Secretaria de Ação Social.





Você acha que ainda hoje os candidatos que têm mais recursos financeiros para suas campanhas têm mais chance, ou com a proibição de showmícios e distribuição de brindes o pleito eleitoral ficou mais democrático e todos têm a mesma chance?

Cleonaldo – Acredito que esta proibição só fez aumentar as chances dos candidatos com mais recursos financeiros, uma vez que veio camuflar a compra de votos e de cabos eleitorais pagos. Os recursos financeiros mandam, mais que nunca no sucesso da campanha, pois são feitos gastos de forma velada e diretamente a "chefes" políticos, democrático era se expor para o povo e falar diretamente nos showmícios oferecendo liberdade de escolha ao eleitor.

Você concorda com o nosso sistema eleitoral, em que nem sempre os vereadores mais votados são eleitos? Ou acha que deveria haver uma mudança, na qual os candidatos mais votados ocupariam as vagas do legislativo municipal, independentemente de legenda?

Cleonaldo – O objetivo deste sistema é fazer com que mais partidos políticos ocupem as vagas no Legislativo, porém, sabendo que após as eleições tudo se torna "farinha do mesmo saco" sou favorável à eleição dos mais votados.

Qual o fator crucial para se ganhar uma eleição em nosso país hoje: uma boa estratégia de marketing na campanha (com demonstração do que já foi feito), a contratação de um bom número de cabos eleitorais, o carisma do candidato, o apoio de políticos renomados ou a aliança com instituições privadas?

Cleonaldo – DINHEIRO! É com recurso financeiro que se tem bom marketing, cabos eleitorais pagos, apoio de políticos renomados e aliança com instituições privadas, aí entra um pouquinho do carisma do candidato.

Sabemos que a maioria dos candidatos, principalmente ao cargo de vereador, nunca teve contato com a maneira como são realizadas as reuniões no legislativo municipal. Você acha que tais pessoas, muitas vezes eleitas pelo carisma, mas que não tem nem ideia de como funciona a Câmara Municipal, têm condições desde um primeiro momento de nos representar? Não seria necessária ter uma espécie de “faculdade” para os candidatos em que fosse ensinada a matéria “política e suas demais implicações”?

Cleonaldo – Seria interessante que o cidadão frequentasse uma escola política para tentar representar o povo, assim como muitos profissionais passam por uma faculdade para se tornarem profissionais, acredito que assim teríamos um melhor nível de representantes nos Poderes Públicos.

Em sua opinião, a exposição dos candidatos do segundo turno ajuda o eleitor a decidir melhor, uma vez que são somente dois?

Cleonaldo – Sim, este filtro não filtrará os melhores, mas sim os que fizeram melhor campanha, porém a escolha somente entre dois candidatos facilita o estudo e a decisão do eleitor.


Postado por Aline Ortolani, Daisy Cabral, Jessica Lobato, 
Jordana Moreira e Karina Klippel.



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